Servidores estaduais se abrigaram em bunker e aguardam liberação de voos; missão do Consórcio Brasil Central terminaria neste sábado (14)
A escalada no Oriente Médio, marcada pelos bombardeios israelenses contra instalações iranianas na madrugada desta sexta-feira (13), obrigou Irã, Iraque, Jordânia e Israel a fecharem seus espaços aéreos, provocando o cancelamento ou desvio de milhares de voos e o fechamento do aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv.
Entre os ageiros que não conseguem deixar o país está uma comitiva do Governo de Mato Grosso do Sul: a secretária-adjunta de Saúde, Christinne Maymone, o gestor de tecnologia da pasta, Marcos Espíndola, e o secretário-executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, que participavam, desde 7 de junho, de uma missão oficial do Consórcio Brasil Central para prospectar parcerias em inovação, saúde e segurança pública.
O grupo está hospedado em um hotel em Jaffa, cidade portuária vizinha a Tel Aviv, equipado com bunker. Segundo Christinne Maymone, a delegação precisou descer ao abrigo logo após soar o primeiro alarme de ataque aéreo, mas pôde retornar aos quartos pouco depois. Todos permanecem seguros e recebem apoio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, da representação israelense em Brasília e do Itamaraty. “Aguardamos a abertura do espaço aéreo e seguimos todas as orientações”, disse a gestora, ressaltando que a viagem, que terminaria neste sábado (14), agora não tem data para ser concluída.
Em nota, o Consórcio Brasil Central informou que a prioridade é garantir a integridade dos participantes e que acompanha a situação em coordenação com o governo sul-mato-grossense. Já o Palácio do Planalto e o Ministério das Relações Exteriores monitoram os desdobramentos diplomáticos e logísticos para repatriar brasileiros que estejam na região quando as rotas forem reabertas.
Enquanto isso, companhias aéreas globais mantêm rotas desviadas pelo norte da Turquia ou pelo sul da Arábia Saudita e do Egito, alongando trajetos entre Europa e Ásia. Embora a intensidade das hostilidades ainda não permita prever a normalização dos voos, a expectativa da equipe de Mato Grosso do Sul é embarcar assim que o espaço aéreo israelense voltar a operar com segurança.