Transportadora de fachada em MS é alvo de operação que combate lavagem de dinheiro do tráfico

A Polícia Civil do Espírito Santo, com apoio das forças de segurança de outros estados, cumpriu nesta quarta-feira (14) mandados da Operação Baest, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro para a facção criminosa Primeiro Comando de Vitória (PCV). Empresas e pessoas físicas de Mato Grosso do Sul foram identificadas como participantes do esquema, incluindo uma transportadora e uma empresa de produtos rurais, cujos nomes não foram divulgados.

No estado sul-mato-grossense, as ações ocorreram em Dourados, Eldorado e Mundo Novo, com dois dos três alvos localizados. Equipes do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) ainda seguem nas buscas pelo terceiro suspeito.

Segundo o delegado Romualdo Gianordoli, da Polícia Civil do Espírito Santo, a transportadora envolvida seria apenas uma fachada, sem sede ou veículos registrados. No total, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul.

A operação apura crimes relacionados à movimentação e ocultação de recursos provenientes do tráfico de drogas. As investigações, iniciadas em 2023, também identificaram a participação de empresários de diversos setores e de um coronel da reserva da Polícia Militar do Espírito Santo.

-Os resultados da operação até o momento incluem:

-29 contas bancárias bloqueadas, totalizando cerca de R$ 104 milhões;

-9 imóveis bloqueados;

-12 veículos apreendidos, incluindo modelos de luxo como Porsche Panamera 4 E, Porsche Cayenne Coupé, Jeep Commander Overland e RAM Rampage Laramie;

-Uma embarcação bloqueada;

-7 armas de fogo apreendidas;

-Jóias e criptomoedas confiscadas.

Em Mato Grosso do Sul, houve apreensão apenas de um veículo popular. Todo o material recolhido será periciado para dar continuidade às investigações.

A operação é coordenada pela Polícia Civil do Espírito Santo com apoio do Projeto IMPULSE/ENFOC, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, além das polícias civis de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná. O objetivo principal é desestruturar o patrimônio financeiro das facções criminosas. As investigações seguem em andamento.